O vereador Francisco Sena acionou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) após receber críticas de usuários que necessitam do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e alegam atraso e apontam suposta negligência. Segundo o parlamentar, um dos casos apontados é o de um acidente de trabalho ocorrido na rua Nebraska, no último dia 15, que culminou na morte de um homem.
De acordo com a representação encaminhada pelo vereador ao MP, Eder Fernando Oliveira teria caído de um andaime de 10 metros de altura. O acidente ocorreu por volta de 17h, segundo as denúncias, após ser acionado, equipe do Samu teria sido informado que uma ambulância estaria quebrada e, a outra, em Itaú de Minas. Ainda de acordo com as denúncias apresentadas pelo parlamentar, vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros, 45 minutos depois do ocidente, e morreu na Santa Casa de Passos, no período da noite.
“O objetivo do Samu é justamente prestar socorro à população de forma mais ágil possível, atendendo com urgência a demanda do acidente ou enfermo e dando imediatamente os primeiros socorros, impedindo ou reduzindo drasticamente o perigo de morte ou agravamento da condição do atendimento. Infelizmente, esse paciente não pode contar com o atendimento rápido. Eu fiz a denúncia no Ministério Público, para o MP abrir uma investigação e tomar medidas cabíveis para garantir a qualidade e eficiência do Samu. Como presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal eu vou propor uma reunião com o Samu na Câmara, para buscarmos soluções para melhorar o atendimento em nossa cidade”, disse Sena.
Conforme informou o secretário de Saúde da Prefeitura de Passos, Thiago Agnelo Salum, a secretaria já havia tomado conhecimento de algumas falhas na prestação do serviço em relação ao Samu, na unidade de Passos.
“Há cerca de um mês que já estamos buscando alternativas para esta situação. Pedimos a presença do responsável pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião do Sul de Minas (Cissul/Samu), o secretário executivo, Filipe Augusto Batista de Souza, que se reunirá com o prefeito Diego Oliveira e nós, da secretaria, no dia 1º de setembro, para levar todas estas demandas nos atendimentos”, afirmou Salum.
O secretário acrescenta que o município de Passos e o Cissul/Samu têm um convênio do programa do governo federal, pelo qual a prefeitura paga um valor e a responsabilidade é da empresa prestadora do serviço, que é sediada em Varginha, tem a base de atendimento na cidade de Varginha. Quando alguém liga no Samu os atendimentos são recebidos, triados e direcionados na sede em Varginha.
OUTRO LADO
Por meio da assessoria de comunicação, o Cissul/Samu deu a seguinte resposta: “Conforme apuração realizada, na última terça-feira (15/08) à Central de Regulação de Urgências do CISSUL/SAMU, recebeu uma ligação do município de Passos/MG, onde um indivíduo havia sofrido uma queda do 3º andar de um edifício. No momento deste acionamento a Unidade de Suporte Avançado (USA) da Base Descentralizada de Passos/MG estava empenhada em outro atendimento, conforme ocorrência 171933/2023. O outro recurso terrestre do CISSUL/SAMU, Unidade de Suporte Básico (USB) do município, apresentou problemas mecânicos, o que impossibilitou o atendimento. Entretanto, o CISSUL/SAMU no período de junho até a presente data, realizou aproximadamente 1.000 atendimentos no município de Passos/MG, o que justifica intercorrências mecânicas com as ambulâncias. Porém o CISSUL/SAMU não tem medido esforços para atender com eficiência a população sul mineira”, informa.
Fonte: Clic Folha
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