Minas Gerais estima ampliar a vacinação contra a dengue para adolescentes de 12 a 14 anos até o final do ano. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, nesta quinta-feira (22 de fevereiro). Atualmente, o imunizante é preconizado apenas para crianças de 10 e 11 anos. A primeira remessa para essa faixa etária foi entregue à Central Estadual de Rede Frio de Minas Gerais, no bairro Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte, nesta manhã.
“Minas recebeu mais de 70 mil doses de vacina contra a dengue. De imediato já iremos distribuir aos 22 municípios elencados pelo Ministério da Saúde para início da vacinação. Até o final do ano as outras crianças de 12 as 14 anos também receberão as suas vacinas”, afirmou Baccheretti.
Segundo o governo de Minas, o imunizante aplicado é o Qdenga, produzido pelo laboratório japonês Takeda. A vacina passou pelo crivo da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias (Conitec) do Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante, foram definidas regiões prioritárias e público-alvo de 10 a 14 anos.
Na primeira remessa, enviada pelo Ministério da Saúde, 78.790 doses chegaram ao Estado. A quantidade é suficiente apenas para a imunização do público de 10 e 11 anos em 22 cidades mineiras. Os municípios foram selecionados baseados em três critérios: são formados por cidades de grande porte, ou seja, mais de 100 mil habitantes, com alta transmissão de dengue registrada em 2023 e 2024, e com maior predominância do sorotipo DENV-2.
Epidemia
As vacinas contra a dengue chegam ao Estado em meio a pior epidemia da doença da história. Ao todo, 36 pessoas perderam a vida pela doença e 93.059 casos foram confirmados em 2024. Outros 155 óbitos e 268.903 casos estão em investigação. O secretário de Saúde ressalta a importância do início da imunização, mas explica que a vacinação não terá efeitos práticos para enfrentamento da doença neste momento.
“Essa vacina é super importante para uma proteção a médio e longo prazo, não serve para pensarmos no momento crítico que estamos vivendo”, pontua. Diante disso, Baccheretti reforça a necessidade de cuidados para evitar focos do mosquito Aedes aegypti. “Cada um de nós temos que evitar água parada e olhar nossas casas porque é ali que o mosquito se prolifera”, alerta.
O secretário garante que o Estado está aumentando a oferta de atendimento em saúde para receber a alta demanda de pacientes com sintomas da doença. “Nosso papel é aumentar e melhorar o atendimento. Se você tem algum sintoma, procure um atendimento médico, para que seja reconhecido e acompanhado. Estamos capacitando todos os municípios de Minas para que esse atendimento seja feito da melhor maneira e evitarmos mortes pela doença”, finaliza.
Fonte: O Tempo
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