A estiagem prolongada entre abril e setembro, combinada com temperaturas 1,5°C acima da média nas regiões cafeeiras do Sul de Minas, tem gerado sérios danos às lavouras e preocupações crescentes entre os produtores. Em setembro deste ano, o déficit hídrico chegou a 345,1 milímetros, mais que o dobro dos 150 mm considerados normais para o período. Já são aproximadamente 150 dias sem chuvas.
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Dados do Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) em Três Pontas indicam que, entre janeiro e março, houve 860 mm de precipitações, enquanto de abril a setembro, apenas 28 mm foram registrados. As pesquisadoras Vanessa Figueiredo, Margarete Volpato e Vânia Silva, que acompanham de perto a hidratação das plantas, alertam para a necessidade de medidas urgentes para mitigar os impactos na produção de café.
Entre os principais problemas decorrentes dos eventos climáticos extremos de 2024, destacam-se o aumento das temperaturas e a distribuição irregular das chuvas. Esses fatores têm agravado a condição das plantações, especialmente porque o cafeeiro, em situação de estresse hídrico, não consegue repor, durante a noite, a água perdida ao longo do dia, resultando em maiores prejuízos para a produção.