Produtores de café das cidades de Muzambinho e Nova Resende, no sul de Minas Gerais, foram surpreendidos com a notícia do fechamento abrupto da Cooperativa Central de Muzambinho Ltda. (Coocem), que suspendeu suas atividades no último dia 11 de fevereiro. Desde então, a sede da cooperativa está fechada, e os cafeicultores enfrentam dificuldades para obter informações sobre as sacas de café que estavam sob a responsabilidade da instituição.
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Em Nova Resende, dois produtores registraram boletins de ocorrência, buscando esclarecimentos sobre a situação. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Muzambinho, Cleber de Oliveira Marcon, informou que os cafeicultores foram notificados através de um áudio enviado pelo proprietário da Coocem, que se comprometeu a honrar os pagamentos pendentes.
De acordo com o Sindicato, ainda está sendo feito um levantamento para identificar quantos produtores foram afetados e o valor total dos débitos que precisam ser quitados pela cooperativa. “Estamos acompanhando a situação e buscando informações detalhadas sobre o impacto para os nossos associados”, afirmou Cleber Marcon.
Por meio de uma nota oficial, a Central de Cafés, marca ligada à Coocem, esclareceu que o encerramento das atividades foi uma medida para a adequação dos negócios, visando à renegociação das dívidas da cooperativa. A Central informou que as operações serão retomadas em breve e que, tão logo seja possível, uma reunião será realizada para tratar da situação. A nota enfatizou que o fechamento não se trata de descumprimento de compromissos financeiros, mas de uma estratégia para garantir a viabilidade da cooperativa no futuro.
Em resposta ao cenário preocupante, Cleber Marcon pediu que os produtores que faziam parte da Coocem procurem a associação para que um levantamento preciso dos prejuízos possa ser realizado. A colaboração dos cafeicultores será fundamental para que as autoridades competentes possam agir com mais eficiência e para que os danos sejam minimizados.
A situação continua a gerar apreensão entre os produtores da região, que aguardam por mais esclarecimentos sobre a real extensão dos impactos do fechamento da Coocem.
