A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (13/11), a operação El Patrón, em Poços de Caldas, no Sul do estado, com foco no combate ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro.
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A operação é um desdobramento de uma investigação iniciada em março de 2023 pela Delegacia Regional em Poços de Caldas, através da Agência de Inteligência Policial, que investigava um esquema de tráfico de drogas na cidade. O tráfico era realizado de forma sofisticada, utilizando redes sociais e aplicativos de troca de mensagens para organizar as entregas.
Segundo o delegado Cleyson Brene, os traficantes divulgavam cardápios de drogas com preços e informações sobre as entregas, que eram feitas por motoboys em embalagens personalizadas. Os pagamentos eram efetuados via Pix.
A investigação, que começou com prisões em flagrante relacionadas ao tráfico de drogas, permitiu a análise de celulares apreendidos e a quebra de sigilo telemático, autorizada pela Justiça. A PCMG também identificou movimentações financeiras suspeitas, com transferências que ultrapassaram R$ 500 mil mensais em uma das contas investigadas, e que somaram mais de R$ 2 milhões em seis meses. Esses valores eram transferidos para contas de laranjas e empresas fictícias em estados como Rio de Janeiro e Amazonas.
Como resultado da operação, 27 pessoas foram presas, sendo 21 delas em flagrante, acusadas de envolvimento no tráfico de drogas. O principal alvo da operação, conhecido como “El Patrón”, foi capturado em Mogi Guaçu (SP), pela equipe da Coordenação de Recursos Especiais (Core) da PCMG.
Além das prisões, a operação resultou na apreensão de uma grande quantidade de entorpecentes, equipamentos eletrônicos, veículos de luxo, como caminhonetes, e mais de R$ 20 mil em dinheiro. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Poços de Caldas e nas cidades paulistas de Osasco, Mogi Guaçu e São José do Rio Pardo.
A operação foi nomeada El Patrón, devido ao apelido utilizado pelo principal alvo, que frequentemente alterava seus dados de contato para dificultar a identificação.
A PCMG segue com as investigações para localizar outros envolvidos e desmantelar completamente a estrutura do grupo criminoso. “A prisão temporária dos suspeitos será analisada conforme o andamento das investigações. O número de prisões e apreensões será atualizado conforme a operação avança”, afirmou o delegado Marcos Pimenta, chefe do 18º Departamento da Polícia Civil em Poços de Caldas.
A ação envolveu mais de 200 policiais e contou com o apoio de diversas unidades da PCMG, incluindo a Core, a Coordenação Aerotática (CAT) e a Coordenação de Operações com Cães (COC), além da colaboração da Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCESP).