Uma mulher, de 31 anos, foi presa na semana passada pela Polícia Civil, que cumpriu um mandado judicial expedido pela Justiça a pedido do Ministério Público. Ela responde por crimes de homicídio, tortura, sequestro e organização criminosa, ocorridos em 2018, em Alfenas.
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A prisão foi feita em Areado na tarde de segunda-feira e comunicada à imprensa na terça-feira (07). De acordo com a Polícia Civil, as buscas iniciaram na última sexta-feira, dia 3, quando a equipe da Delegacia Regional em Alfenas, responsável por apurar homicídios, e o setor de inteligência receberam informações de que a mulher estaria em Areado.
A mulher detida é Fernanda de Fátima Venâncio Alves, que no ano passado foi condenada a 24 anos de prisão por envolvimento no assassinato de Wescley Correia Ribeiro, ocorrido em 2018. Ela e três homens foram condenados pelo júri popular, porém a Justiça concedeu a Fernanda o direito de recorrer em liberdade.
No dia 14 de abril desse ano, o promotor de Justiça Frederico de Carvalho Araújo, da 5ª Promotoria de Justiça da Comarca de Alfenas, solicitou à Justiça que a decisão condenatória fosse reformada parcialmente e que Fernanda iniciasse o cumprimento da pena. O pedido foi deferido pelo Tribunal de Justiça (TJ) no último dia 30 e publicado um dia depois. Com a decisão, Fernanda passou a ser considerada foragida da Justiça. De acordo com a Polícia Civil, a mulher detida, na última segunda-feira, responde por crimes como homicídio, tortura, sequestro e organização criminosa, cometidos em Alfenas. Ela foi encaminhada para o sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça. Participararam da ocorrência o delegado Roberto Bicalho Tecchio e os investigadores Kauan Lisboa, Ana Paula de Oliveira e Marilda Rocha Silva.
A vítima do homicídio é Wescley Correia Ribeiro, que desapareceu dias após colocar fogo em um ônibus de transporte coletivo, no bairro Vila Esperança. Na época, em um vídeo, o jovem assumiu ter ateado fogo em um ônibus de transporte coletivo em represália ao assassinato de Reginaldo Pereira da Silva (Nadinho), apontado como chefe do tráfico de drogas na região.
O jovem, então com 17 anos, chegou a ficar em cárcere privado, torturado e, em seguida, assassinado. Além de Fernanda, outras três pessoas foram condenadas: Edson Eugênio da Silva (conhecido como Testa), André Luís Esteves (conhecido como De Negão), e José Henrique dos Santos Ramos (conhecido como Zezinho). No entanto, os três homens iniciaram o cumprimento da pena em regime fechado a partir da sentença, de março do ano passado.