A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, nesta terça-feira (3), as investigações que apuraram atos de gestão imprudente por ex-gestores da Cooperativa Casmil, localizada em Passos (MG).
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O inquérito resultou no indiciamento de três ex-gestores por crimes como apropriação indébita qualificada, associação criminosa, falsidade ideológica e crime contra a economia popular.
As investigações, que se iniciaram em 2020, estavam sob o âmbito da operação “Consilium Fraudis”. A apuração revelou que as práticas de gestão negligente comprometeram a saúde financeira da cooperativa, afetando diretamente os cooperados. Entre os erros cometidos, destacam-se operações financeiras de alto risco e manipulação de documentos fiscais, realizadas sem a devida análise de impacto.
De acordo com a Polícia Civil, apesar de não haver evidências de desvio pessoal dos recursos, os atos irresponsáveis dos ex-gestores resultaram em um alto endividamento, prejudicando a cooperativa e comprometendo a confiança dos cooperados. Perícias indicaram que a manipulação de documentos fiscais dificultou a transparência e mascarou a verdadeira situação financeira da cooperativa.
A Casmil já enfrenta problemas financeiros desde 2007, quando foi investigada por adulteração de leite, levando à condenação de 26 pessoas. A crise financeira se agravou em 2020, com o desvio de recursos e a revelação de uma dívida de R$ 90 milhões, em vez dos R$ 14 milhões inicialmente reportados.
A dívida, que afetou cerca de 1.200 cooperados, foi rateada entre eles após uma assembleia em agosto de 2023.