O médico ortopedista André Elias Junqueira, natural de Carmo do Rio Claro, ganhou destaque na mídia nacional ao contar um pouco sobre sua trajetória, técnicas e processos de humanização à Caras, no fim de janeiro. Atuante também nas redes sociais, Junqueira se destaca com conteúdos que auxiliam pacientes na identificação de dores, além de tratamentos regenerativos. Abaixo, você acompanha na íntegra a entrevista concedida à Caras.
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A medicina sempre fez parte da vida do ortopedista André Elias Junqueira. Inspirado pelo padrinho, antes o único médico da família, escolheu seguir a carreira. Durante a graduação na Universidade Federal de São Paulo, experimentou diversas áreas. “Eu queria algo que me completasse como profissional e pessoa. A ortopedia me permite atuar em diversas frentes, podendo contribuir para melhora a qualidade de vida”, garante.
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O desejo foi de atuar no tratamento mais individualizado, realizar cirurgias por vídeo que permitem a recuperação mais rápida e com menor morbidade. “Ombro e cotovelo são articulações muito exigidas em diversas modalidades, como basquete, tênis, beach tênis, crossfit e handball. Além disso, são estruturas que respondem muito bem a tratamentos minimamente invasivos, o que melhora a qualidade de vida”, explica.
Ele ampliou sua atuação ao se especializar em medicina intervencionista da dor, utilizando abordagens regenerativas como infiltrações guiadas por ultrassom, ácido hialurônico e plasma rico em plaquetas. “O PRP é uma técnica incrível. Coletamos sangue do próprio paciente, centrifugamos para obter uma alta concentração de plaquetas e aplicamos na lesão. Ele tem um efeito regenerativo, estimulando a cicatrização e reduzindo inflamações”, esclarece.
Ele é amplamente utilizado em lesões de tendões e ligamentos, promovendo uma recuperação acelerada. “A plaqueta é como se fosse uma bexiga cheia de fatores de crescimento. Quando aplicamos no local da lesão, libera essas substâncias, promovendo a formação de novas células e acelerando a regeneração tecidual”, detalha.
Outro destaque é a utilização do ácido hialurônico em infiltrações para tratar artroses, especialmente no joelho, quadril e ombro. “Ele melhora a lubrificação articular, reduz a rigidez, a dor e estimula a produção natural do mesmo pelo próprio corpo”, explica.
A melhor maneira de tratar a artrose é a prevenção. Boa alimentação e prática regular de musculação são a principal ferramenta. O fortalecimento protege as articulações e reduz o risco de lesões futuras. Infelizmente, muitas pessoas só buscam um ortopedista quando a dor já compromete sua rotina. “O ideal é fazer um acompanhamento regular, assim como se faz com outras especialidades. Toda senhorinha que colocou prótese no joelho um dia teve uma condropatia leve que não foi tratada. Se o problema é identificado cedo, podemos intervir e evitar cirurgias futuras”, ressalta.
A medicina regenerativa é um de seus grandes focos para o futuro. “Acompanho de perto os avanços em terapias celulares e acredito que as células-tronco serão um divisor de águas. Nos próximos anos, espero ver a aplicação delas em larga escala para regenerar cartilagens e tratar lesões graves. Será uma revolução para a medicina”, aposta.
Outro avanço que acompanha é a neuromodulação, utilizada para tratamento de dor crônica. “Funciona como um reset dos nervos, trazendo alívio significativo. Muitos casos no joelho, na coluna e em outras articulações podem ser tratados sem cirurgia, apenas modulando os impulsos nervosos”, detalha. “A medicina do futuro será pautada pela prevenção e pelo conhecimento do próprio corpo. É possível estabilizar uma artrose, mas não reverter totalmente uma lesão avançada. Com o acompanhamento adequado, evitamos que pequenos desgastes se transformem em problemas graves”, completa.
Apesar dos desafios, sua paixão permanece inabalável. “Meu objetivo é sempre proporcionar o melhor tratamento possível. Se não for plausível curar, ao menos aliviar e consolar, como dizia o pai da medicina, Hipócrates”. “Essa é a essência da medicina”, conclui.
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