O Ministério Público está investigando possíveis desvios de repasses financeiros do Fundo Municipal de Saúde de Alfenas. Na sexta-feira, a Operação Resgate foi deflagrada para aprofundar as investigações sobre crimes de peculato, corrupção passiva e ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Os mandados foram cumpridos em Alfenas e Fama, em Minas Gerais, e em Ubatuba e Limeira, em São Paulo.
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A operação foi conduzida pela 6ª Promotoria de Justiça de Alfenas, com apoio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet) e sua Coordenadoria Estadual de Rastreamento de Ativos e Combate à Lavagem de Dinheiro (Cora-LD). Contou também com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Passos e Varginha e do Gaeco de São Paulo.
O esquema investigado envolve, até o momento, 15 pessoas, organizações da sociedade civil (OSC) e empresas. As evidências apontam para o uso de “laranjas” e empresas para desviar recursos e ocultar os verdadeiros beneficiários dos crimes, movimentando mais de R$ 17 milhões em Minas Gerais e São Paulo. Foram determinadas quebras de sigilo bancário e fiscal dos envolvidos, além de decretadas cinco prisões preventivas, 12 mandados de busca e apreensão, e sequestro e arresto de ativos no valor de R$ 15 milhões, incluindo imóveis, veículos, motos, jet-skis, lanchas e outras embarcações.
A operação contou com a participação de dez promotores de Justiça, cinco servidores do Ministério Público, dois delegados, 13 policiais civis e 50 policiais militares. As investigações, comandadas pela promotora de Justiça Gisele Martins Araújo, começaram a partir de repasses do Fundo Municipal de Saúde para uma entidade responsável pela recuperação de dependentes químicos localizada na cidade de Fama, que foi um dos alvos da operação.