O idoso Milton José da Silva, 69 anos, que estava internado desde o dia 6 de setembro, após ter a boca infestada de larvas na boca e garganta morreu na quinta-feira, 21. Milton tinha mal de Parkinson e Alzheimer e residia, há cinco anos, no Lar São Vicente de Paula, em Lagoa da Prata.
A Polícia Civil investiga a causa da morte, que não foi divulgada, sendo relacionada as lesões causadas pela suspeita de má higienização da sonda que ele usava ou então por uma causa independente.
A situação que o idoso estava preocupou os familiares e também os médicos que o atenderam. As filhas ficaram revoltadas e alegam negligência por parte do Lar do Idoso.
O Lar São Vicente de Paula lamentou o ocorrido. Veja a nota da instituição enviada a imprensa.
“O Lar São Vicente de Paula de Lagoa da Prata entidade filantrópica e sem fins lucrativos, tendo assistido, com carinho, zelo, responsabilidade e profissionalismo cerca de mais de 1.000 pessoas nos últimos 70 (setenta) anos vem por meio desta esclarecer que, infelizmente e com muita tristeza, informamos à sociedade local e aos órgãos de imprensa, que apesar de todos os cuidados diários que temos, no decorrer desta semana, nossa equipe detectou, surpresa, a presença de parasitas ‘miíase’ em um de nossos residentes, (paciente grau III, que faz uso de sonda nasoenterica), apesar de todos os cuidados diários de higiene e assepsia a que foi/é submetido.
Ao ser detectada a ocorrência foram tomadas prontamente as devidas providências e cuidados com o mesmo. O paciente foi encaminhado para o CEO (Centro de Especialidades Odontológicas) para avaliação e tratamento necessário. Ali foi imediatamente avaliado, feito o primeiro procedimento e posteriormente encaminhado pelo mesmo CEO para a UPA-UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO local, onde o mesmo ficou sob cuidados médicos.
A instituição visa a qualidade de vida de todos os pacientes acamados, porém, para segurança dos mesmos, é realizada a contenção, uma vez que existe o risco de retirada frequente da sonda ou queda, não obstante todos os idosos acamados receberem atendimento pela fisioterapeuta no leito.
Nós, da diretoria (todos Voluntários), estamos muito entristecidos e abalados com o ocorrido e apurando as responsabilidades para que o fato não mais aconteça, mesmo cônscios de que a fatalidade pode se apresentar.
Se trata de um fato isolado na entidade, que — enfatize-se, é uma obra de caridade, sem fins lucrativos, que presta socorro aos necessitados a mais de 70 anos em nossa cidade, sempre fazendo o bem, ajudando e acolhendo os que precisam.
Hoje temos 56 residentes, com graus I, II e III de dependência, ancorados por uma equipe de 33 funcionários, entre enfermeiros, assistente social, psicóloga, técnicos de enfermagem, fisioterapeuta, nutricionista, cuidadores, motorista, cozinheiras e faxineiras.
Estamos de portas abertas e à disposição da comunidade, das autoridades e da também imperativa imprensa para que nos visitem e venham conhecer de perto o nosso trabalho”.