No Sul de Minas Gerais, a greve de técnicos administrativos e docentes em universidades e institutos federais continua forte, ultrapassando 40 dias de paralisação. O movimento grevista, que inclui servidores da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), segue com fortes reivindicações ao governo.
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Desde o dia 10 de abril, os técnicos administrativos da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) estão em greve. Em uma assembleia decisiva realizada em 21 de maio, os professores decidiram não aderir ao movimento, mantendo-se em atividade. No entanto, a proposta do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), apresentada no mesmo dia, foi rejeitada, aumentando o descontentamento entre os servidores. Uma nova assembleia está marcada para a próxima segunda-feira, dia 27, buscando novos rumos para as negociações.
Na Unifal, 43 servidores permanecem em greve, enquanto outros 26 paralisaram suas atividades por apenas um dia. Os estudantes seguem com suas aulas teóricas, mas as práticas estão comprometidas pela falta de técnicos de laboratório.
Na UEMG, a situação é ainda mais crítica, com atividades paralisadas desde o dia 2 de maio e uma adesão de mais de 90% do corpo docente ao movimento grevista.
Na cidade de Passos, que conta com mais de 4,5 mil estudantes, os 27 cursos de graduação e um mestrado profissional estão afetados. Em Campanha, todos os três cursos estão paralisados, com 100% dos professores aderindo à greve. Em Poços de Caldas, a totalidade dos 20 professores também cruzou os braços, interrompendo todas as aulas.
Os docentes reivindicam uma recomposição salarial para cobrir perdas de 70% acumuladas em dez anos, aumento de verbas, melhorias na estrutura e a alteração do regime de trabalho de 20 para 40 horas semanais.
No Instituto Federal do Sul de Minas (IF Sul de Minas), a greve começou no dia 15 de abril e afeta a Reitoria e os campi de Inconfidentes, Machado, Muzambinho, Passos, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Carmo de Minas e Três Corações. O calendário acadêmico foi suspenso, e a instituição mantém a comunidade informada sobre a continuidade de serviços essenciais. As exigências dos grevistas incluem a recomposição de perdas salariais entre 2017 e 2022, reestruturação de carreiras, revogação de medidas consideradas prejudiciais ao serviço público, o fim do Novo Ensino Médio e a recomposição do orçamento das instituições federais de ensino.