A Superintendência Regional de Saúde de Passos (SRS Passos) informa que o larvicida usado no combate ao mosquito Aedes aegypti e o inseticida para uso em pontos considerados estratégicos, como borracharias, cemitérios e acumulados de lixo, têm sido fornecidos normalmente aos municípios. De acordo com o órgão, o produto usado em fumacê está em falta devido à escassez de matéria-prima para fabricação.
Na semana passada, o prefeito de Passos, Diego Oliveira, e o secretário de Saúde do município, Thiago Salum, anunciaram o teste de um produto que a administração pretendia comprar para uso em fumacê na cidade. Nesta semana, o secretário e representantes dos setores de saúde no município participaram de uma reunião na Comissão de Saúde e Ação Social da Câmara para discutir o surto de dengue no município.
No último dia 13, Passos atingiu 1.612 casos prováveis de dengue em 2023, segundo informações do último boletim epidemiológico de monitoramento de casos de dengue, chikungunya e zika divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), A cidade é a segunda no estado em notificações da doença, atrás somente de Montes Claros (3.846).
O controle do Aedes é feito por meio da remoção dos focos de larvas e dos criadouros, como objetos que acumulam água, pelos agentes de controle de endemias, e também pelo tratamento com larvicidas e inseticidas para combater o mosquito na forma adulta, segundo informações do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nupevi).
De acordo com a SRS Passos, o combate ao mosquito é feito com dois tipos diferentes de inseticidas autorizados e fornecidos pelo Ministério da Saúde com base em uma lista de produtos recomendados pela Organização Mundial da Saúde.
Segundo a superintendência, para o bloqueio da infestação do mosquito em pontos estratégicos não há falta de inseticida. Neste caso, é aplicado um produto que é fornecido pelo Ministério da Saúde e repassado pela SES-MG, mediante solicitação dos municípios às unidades regionais de saúde.
“O larvicida também tem sido fornecido regularmente, não havendo falta para os municípios, permitindo, portanto, a eliminação de larvas na sua aplicação”, informa o Nupevi em nota enviada pela SRS Passos.
“O adulticida (da marca Cielo ULV – Imidacloprida), empregado no fumacê e fornecido pelo Ministério da Saúde, está em falta desde outubro de 2022, por escassez de matéria-prima para a sua fabricação”, informa o Nupevi. “Entretanto, outros inseticidas recomendados pela Organização Mundial da Saúde e autorizados pelo ministério poderão ser utilizados pelos municípios”, informa. Segundo a SRS, o Ministério da Saúde está adquirindo um novo produto, dentro da lista recomendada pela OMS, para atender à demanda neste período sazonal das arboviroses, especialmente a dengue.
Fonte: Clic Folha