A Lojas Renner, maior varejista de moda do Brasil, vai instalar uma filial em Passos (MG). A loja será sediada no centro da cidade, na esquina das ruas Dr. João Bráulio e 2 de Novembro e a montagem começará nos próximos dias.
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A rede anunciou sua expansão pelo Brasil depois de ter reportado um lucro líquido de R$ 255,3 milhões no terceiro trimestre do ano passado, um crescimento de 48% em 12 meses.
No período, a companhia elevou receitas e margens e reduziu despesas, o que encaminha um ano histórico em cima de alavancagem operacional. Mas não só isso. No mercado, essa recuperação tem se traduzido em uma valorização acumulada de 37% de sua ação em 12 meses.
Em entrevista, o CEO da varejista de moda e lifestyle, Fabio Faccio, destacou o quarto trimestre consecutivo de crescimento de lucro, em um ritmo acima da média do mercado. Já no final do ano, o executivo apontou a previsão de expansão do parque de lojas em 2025 com a abertura de unidades em novas cidades com mais de 50 mil habitantes.
“Hoje estamos em 33% das cidades com mais de 50 mil habitantes. Ou seja, em 67% de cidades desse porte não temos presença. Poderíamos abrir lojas em 440 municípios. Esse é o tamanho do potencial para nossa expansão. Vemos muitas oportunidades em cidades novas”, disse o CEO.
A expansão da rede de moda chega, portanto, em um momento de recuperação dos indicadores financeiros e operacionais, o que sinaliza perspectivas favoráveis. “Batemos o consenso de mercado em diversos indicadores. A Renner entregou mais um forte trimestre com sólida evolução do nosso modelo de negócios”, disse Faccio.
“Investimos muito nos últimos anos e estamos colhendo os frutos agora. O resultado reforça que estamos em uma posição bastante diferenciada”, disse o executivo.
O Ebitda, métrica de geração de caixa operacional, totalizou R$ 569,2 milhões entre julho e setembro, com aumento anual de 59,8%, novamente acima do previsto no consenso da Bloomberg (R$ 500,8 milhões). A margem bruta de varejo, por sua vez, saltou de 53,6% para 54,7% em um ano. Foi o quarto trimestre consecutivo de alta.
Essa combinação resultou em estoques ajustados e em níveis considerados saudáveis, com redução de 13 dias no prazo médio e maior giro, além de queda nos volumes de itens mais antigos.
“Os extremos climáticos deixam a vida mais imprevisível com as estações misturadas. Hoje temos coleções mais flexíveis, coringas, peças mais diversas que atendem a qualquer necessidade dos nossos consumidores. Isso nos dá mais assertividade nas coleções, independentemente das condições climáticas”, explicou o CEO.
A rapidez na troca de roupas nas lojas se deve também, segundo Faccio, ao uso crescente de tecnologia, como IA (Inteligência Artificial), e à expertise de seus times de pesquisa e design, além da localização de seu novo CD (Centro de Distribuição) em Cabreúva, na Grande São Paulo, que envolveu investimento de R$ 600 milhões.
Na marca Renner, a rede chegava a 442 lojas ao fim do terceiro trimestre, quatro a mais do que há um ano.