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Cromossomo Y torna tipos de câncer mais mortais para os homens, diz pesquisa

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Dois estudos, publicados neste mês na revista Nature, revelaram que o cromossomo Y torna alguns tipos de câncer mais mortais para os homens. As pesquisas também ajudam a explicar, por exemplo, por que os tumores colorretais e de bexiga afetam mais os homens do que as mulheres. É importante destacar que o cromossomo Y é o que garante o desenvolvimento de um embrião do sexo masculino.

 

Os estudos, que combinaram os dados de camundongos e humanos, também mostraram que o cromossomo Y pode ser perdido espontaneamente durante a divisão celular. O que significa que, à medida em que os homens envelhecem, a proporção de células sanguíneas sem Y aumenta, o que tem sido associado a condições como doenças cardíacas, neurodegenerativas e outros  tipos de câncer.

Para a pesquisadora de câncer do George Institute of Global Health em Sydney, Austrália, Sue Haupt – que não esteve envolvida no trabalho-  os levantamentos são um passo importante para entender que essa tendência não é motivada apenas pelo estilo de vida dos homens. “Está ficando claro que existe um componente genético,” destacou.

Há muito tempo se atribui ao estilo de vida a culpa pelo fato de que muitos cânceres não reprodutivos tendem a ser mais frequentes e mais agressivos em homens do que em mulheres. As pessoas do sexo masculino são mais propensas a fumar e beber álcool, por exemplo. Mas mesmo quando tais fatores são levados em conta, as pesquisas mostram que persistem algumas diferenças na taxa ou gravidade do câncer entre homens e mulheres.

Testes

Para o estudo, os pesquisadores estudaram células humanas de câncer de bexiga que haviam perdido seu cromossomo Y espontaneamente ou as removeram usando um procedimento. A equipe descobriu que essas células cancerígenas eram mais agressivas quando transplantadas para camundongos do que células comparáveis ​​que ainda tinham seu cromossomo Y. Eles também identificaram que as células imunes ao redor dos tumores sem cromossomos Y tendiam a ser disfuncionais.

Já na pesquisa sobre o tumor colorretal, os cientistas descobriram que um gene no cromossomo Y chamado KDM5D pode enfraquecer as conexões entre as células tumorais, ajudando as células a se separarem e se espalharem para outras partes do corpo. Quando esse gene foi deletado, as células tumorais tornaram-se menos invasivas e mais propensas a serem reconhecidas pelas células do sistema imunológico.

“Isso também representa um alvo potencial para terapias anticancerígenas”, diz o co-autor Ronald DePinho, pesquisador de câncer do MD Anderson Cancer Center da Universidade do Texas, em Houston.

Fonte: O Tempo 

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