Essa é uma descoberta emocionante. O uso da variante do Bacilo Calmette-Guérin (BCG) para produzir imunizantes contra a Covid-19 tem várias implicações positivas.
Primeiro, a BCG tem um perfil de segurança comprovado, com bilhões de pessoas já vacinadas globalmente e efeitos colaterais conhecidos geralmente leves. Isto pode permitir uma aceitação mais ampla da vacina, especialmente em regiões onde a confiança nas vacinas é baixa.
Em segundo lugar, a modificação genética do BCG para produzir antígenos semelhantes ao SARS-CoV-2 pode permitir a criação de uma vacina que não apenas protege contra a Covid-19, mas também estimula o sistema imunológico inato de maneira mais geral, potencialmente fornecendo proteção contra outras doenças infecciosas.
Além disso, a proteína N utilizada pela variante BCG modificada é mais estável e menos propensa a mutações do que a proteína Spike utilizada pela maioria das vacinas Covid-19 atuais. Isto poderia tornar a vacina BCG modificada mais eficaz a longo prazo, uma vez que as mutações no SARS-CoV-2 não deveriam afetar sua eficácia tanto quanto as vacinas que dependem da proteína Spike.
No entanto, é importante lembrar que essas descobertas são preliminares. A equipe de pesquisa agora precisa realizar estudos adicionais para ajustar a vacina para as variantes do coronavírus e, em seguida, conduzir testes clínicos em seres humanos para determinar a segurança e eficácia da vacina modificada BCG em proteger contra a Covid-19.
A situação da tuberculose se agravou durante a pandemia, portanto, a possibilidade de uma vacina que proteja contra ambas as doenças pode ter um impacto enorme na saúde global. No entanto, devemos aguardar mais estudos e testes para confirmar a eficácia desta abordagem.
Fonte: Hoje em Dia
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