Os resultados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trazem uma visão atualizada do panorama demográfico brasileiro, evidenciando as mudanças que ocorreram ao longo dos últimos anos.
A população do Brasil alcançou mais de 203 milhões de habitantes, um crescimento de 6,5% em relação a 2010. Este aumento representa uma taxa média anual de 0,52%, a menor desde que se iniciaram as análises. A taxa de crescimento populacional reduzida reafirma a tendência de declínio dos níveis de fecundidade no país, iniciada em 1970.
Quanto ao número de domicílios, houve um aumento significativo de 34%, passando de 67 milhões em 2010 para 90 milhões em 2022. São Paulo foi o estado que mais contribuiu para esse crescimento, com um aumento de mais de 5 milhões de domicílios em relação à coleta anterior.
Por região, o Sudeste continua sendo a mais populosa, concentrando 41,8% da população brasileira. O Centro-Oeste, por outro lado, foi a região que mais cresceu em termos percentuais, com uma taxa média anual de 1,2% nos últimos 12 anos, chegando a mais de 16 milhões de habitantes.
Entretanto, houve um desafio significativo em termos de coleta de dados. O número de domicílios que se recusaram a responder às perguntas do Censo mais que dobrou em relação à pesquisa de 2010, atingindo 4,23% em 2022. A região Sudeste teve o maior percentual de domicílios que não responderam à pesquisa, com 5,9%.
Esses dados são fundamentais para entender as mudanças demográficas no Brasil e auxiliar no planejamento de políticas públicas que atendam às necessidades da população em áreas como saúde, educação, habitação e infraestrutura. Além disso, eles destacam a importância da participação da população na coleta de dados do Censo, que fornece informações cruciais para a tomada de decisões em diversos setores da sociedade.