Minas Gerais enfrenta um aumento preocupante de 31% nos casos confirmados de Covid-19 no mês de outubro, quando comparado a setembro, revela o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Os números apontam para 16.102 casos em outubro, em contraste com os 12.286 registrados no mês anterior. Apesar desse crescimento, o mês de setembro ainda registrou um maior número de óbitos, com 70 mortes confirmadas, contra 65 em outubro.
A principal causa desse aumento é a circulação da subvariante EG5.1, apelidada de “éris”, que faz parte da linhagem ômicron. Essa subvariante é altamente contagiosa e, em alguns casos, pode driblar a imunização oferecida pelas vacinas. O médico infectologista Estevão Urbano alerta que, embora as pessoas vacinadas possam contrair a doença, os sintomas tendem a ser mais leves.
No entanto, a subvariante é particularmente perigosa para idosos e indivíduos imunossuprimidos, mesmo que estejam vacinados, já que esses grupos apresentam maior risco de desenvolver casos graves e até fatais.
Em um panorama geral, a mortalidade da doença em 2023 em Minas Gerais é de 4,42 óbitos a cada 100 mil habitantes, o que representa uma queda significativa em relação a 2021, quando o índice alcançou 205. Embora a situação seja mais tranquila em comparação com os anos anteriores, o médico Urbano enfatiza a importância contínua das medidas de prevenção, não apenas para evitar casos graves, mas também para prevenir a chamada “Covid longa”, que afeta algumas pessoas com sintomas persistentes por meses.
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde, a maioria dos casos positivos de Covid-19 neste ano em Minas Gerais ocorreu em pessoas entre 40 e 49 anos, sendo mais de 60% em mulheres. Além disso, cerca de 67% dos pacientes não precisaram de internação em UTI.
Belo Horizonte lidera a lista das cidades com mais casos confirmados em 2023, totalizando 20.402 casos, seguida por Pouso Alegre, Uberlândia, Montes Claros e Varginha. A capital mineira também registrou o maior número de óbitos, com 224 mortes até o final de outubro.
A baixa cobertura vacinal é uma preocupação adicional, com apenas 17% da população mineira vacinada com a vacina bivalente contra a Covid-19, muito aquém da meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde. As autoridades de saúde enfatizam a importância de buscar a vacinação e atualizar o esquema vacinal.
Embora a cidade de Santa Luzia tenha recentemente reintroduzido o uso obrigatório de máscaras em locais de atendimento de saúde e para pacientes com sintomas gripais, o médico Estevão Urbano destaca a importância da conscientização e da adesão voluntária às medidas de precaução, mesmo que não sejam obrigatórias.
Em resumo, Minas Gerais enfrenta desafios significativos em relação ao aumento dos casos de Covid-19, principalmente devido à circulação da subvariante EG5.1 e à baixa cobertura vacinal. A população é incentivada a continuar adotando medidas de prevenção e a buscar a vacinação para garantir a segurança durante o fim do ano e além.
Fonte: O Tempo
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