O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos deve publicar nesta quarta-feira, 10, no Diário Oficial da União, o edital com as regras para o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), que selecionará 6.640 servidores para 21 órgãos públicos.
Passos é uma das 180 cidades onde serão aplicadas as provas do CPNU. Em Minas, a aplicação das provas deve ocorrer em Belo Horizonte, Uberlândia, Juiz de Fora, Montes Claros, Uberaba, Governador Valadares, Divinópolis, Ipatinga, Patos de Minas, Pouso Alegre, Teófilo Otoni, Passos, Araxá, Lavras, Muriaé, Ituiutaba, Paracatu, Curvelo, Janaúba, Januária, Pirapora, Diamantina, Almenara e Araçuaí. O estado terá maior número de cidades (24) entre os entes da federação, mais da metade dos municípios na região Sudeste.
A previsão é de que as inscrições estejam abertas entre os dias 19 de janeiro e 9 de fevereiro e que a prova seja aplicada no dia 5 de maio.
De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, o edital apresentará “informações sobre os blocos temáticos, conteúdos das provas, critérios de classificação e desclassificação, lista de espera, cadastro de reserva, validade do certame e composição das notas finais”.
Em nota divulgada pela pasta, a secretária-adjunta de Gestão de Pessoas, Regina Camargos, adiantou que a metodologia a ser adotada no concurso é inovadora, e que as provas serão aplicadas em 220 cidades de todo o país por meio de parceria com o Cesgranrio.
“É um feito inédito que exige preparação inédita também”, informou a secretária ao explicar que a ampliação do número de cidades tem por objetivo, garantir que regiões metropolitanas tenham provas em mais de uma cidade.
INOVAÇÕES
Entre as inovações a serem adotadas está a previsão de que uma inscrição valha para o processo seletivo de mais de um órgão. Outra novidade é a busca pela “igualdade de oportunidades de acesso” aos cargos públicos efetivos.
“Queremos democratizar o acesso a essas vagas. Muitas pessoas sequer conseguiam prestar concursos porque precisavam se deslocar para outros estados, o que muitas vezes é muito dispendioso”, justificou a secretária.
Ao anunciar, em setembro de 2023, o novo processo seletivo, o Ministério da Gestão explicou que, no momento da inscrição, os candidatos deverão optar por um dos blocos das áreas de atuação governamental disponíveis.
Com o novo modelo, inspirado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o governo federal pretende promover igualdade de oportunidades de acesso aos cargos públicos efetivos; padronizar procedimentos na aplicação das provas; aprimorar os métodos de seleção de servidores públicos, de modo a priorizar as qualificações necessárias para o desempenho das atividades inerentes ao setor público; e zelar pelo princípio da impessoalidade na seleção dos candidatos em todas as fases e etapas do concurso.
PROVAS E ÁREAS DE ATUAÇÃO
Segundo o ministério, na sequência, indicarão cargo ou carreira por ordem de preferência, entre as vagas disponíveis no bloco de sua escolha. A ideia apresentada inicialmente é de que a primeira etapa do concurso unificado seja em um único dia, dividida em dois momentos: primeiro será aplicada uma prova objetiva, com conteúdo comum a todos os candidatos. Depois, no mesmo dia, serão aplicadas provas dissertativas e com conteúdos específicos, de acordo com cada bloco temático.
Ainda de acordo com a pasta, as áreas de atuação anunciadas até o momento são: administração e finanças; setores econômicos, infraestrutura e regulação; agricultura, meio ambiente e desenvolvimento agrário; educação, ciência, tecnologia e inovação; políticas sociais, justiça e saúde; trabalho e previdência; dados, tecnologia e informação pública, além do nível intermediário.
BRASIL
De acordo com informações do governo federal, dos municípios selecionados, 39 estão na região Norte, 54 no Nordeste, 20 no Centro-oeste, 44 no Sudeste e 23 no Sul. Na seleção das cidades, segundo o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, foram utilizados critérios como tamanho da população (mais de 100 mil habitantes), raio de influência na região e facilidade de acesso. Caso o município não tenha estrutura suficiente para a realização do concurso, os exames serão aplicados em cidades próximas, aponta o ministério.