Durante o patrulhamento aquático noturno na represa de Furnas, na região próxima à Ponte Torta, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) realizou uma importante ação de combate à pesca ilegal, no âmbito da Operação Piracema 2024/2025 e da Operação Pré-Carnaval Seguro. A equipe de policiamento de meio ambiente visualizou um barco com dois indivíduos de Campo do Meio (MG) em atividade de pesca, sendo que um conseguiu fugir em meio a uma mata fechada. A equipe seguiu a tentativa de captura, mas devido à baixa luminosidade do local, não foi possível localizar o segundo autor.
Após a abordagem do primeiro autor, que se identificou como pescador amador, a equipe realizou uma busca na embarcação. No interior do barco, foram encontrados dois itens proibidos para todas as categorias de pescadores: duas redes de tresmalho (capeada), totalizando 480 metros quadrados, e dois bastões de madeira com garrafas pet cortadas acopladas, utilizados para a prática ilegal conhecida como tigum ou batida, técnica predatória de pesca que causa grandes danos aos ecossistemas aquáticos.
Além dos equipamentos ilícitos, os policiais encontraram 58,95 kg de tilápias (Oreochromis niloticus) e 4,50 kg de tucunarés (Cichla piquiti), que já haviam sido capturados. A Vigilância Sanitária do município atestou que os peixes estavam eviscerados, impossibilitando a devolução dos mesmos ao ambiente natural. Diante disso, o pescado foi apreendido e, posteriormente, doado ao Lar do Idoso Frederico Ozanan, em Carmo do Rio Claro.
A ação resultou na lavratura de um auto de infração no valor de 5.195 UFEMGS, R$28.733,54 e na prisão do autor, que, ao ser identificado, ainda foi descoberto estar com mandado de prisão em aberto em seu nome. O indivíduo foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Carmo do Rio Claro, onde ficará à disposição da justiça.
Este flagrante reafirma o compromisso da Polícia Militar de Minas Gerais com a preservação ambiental e o combate à pesca predatória, especialmente em um período crítico como a Piracema, que visa proteger a reprodução das espécies nativas nos rios e represas do estado.
Fonte/fotos/Polícia Militar do Meio Ambiente