As consequências da privatização de Furnas e as mudanças anunciadas pela Eletrobras, que incluem a redução de mais funcionários e cortes orçamentários em 2025, não é justificada pois os lucros já são bilionários. Essas medidas, motivadas por uma busca por lucro, ameaçam aumentar o índice de desemprego, especialmente em regiões como São José da Barra (MG), onde está localizada a primeira usina hidrelétrica de Furnas.
A falta de mão de obra qualificada, resultante das demissões de profissionais experientes, compromete a segurança e a qualidade dos serviços prestados, com riscos de acidentes e até um possível apagão de energia elétrica.
Além disso, a proposta de redução e rodízio entre os trabalhadores terceirizados levanta preocupações sobre a eficiência e segurança dos serviços, ao desvalorizar o conhecimento especializado dos funcionários. A precarização dos serviços de limpeza e conservação também é destacada com essa redução prevista, deixando poucos profissionais e fazendo rodízios em áreas de risco elétrico, afetando a higiene e a segurança dos trabalhadores e instalações.
O povo da região clama por uma união para exigir que a administração da Eletrobras repense essas decisões, ressaltando que o investimento na força de trabalho é essencial para o futuro da empresa e das comunidades envolvidas. Por fim, a privatização que lucra com os serviços, mas socializa os custos, descumprindo deveres sociais e legais com as regiões afetadas.
Eletrobras paga R$ 2,2 bilhões em dividendos nesse mês
A Eletrobras (ELET3)(ELET5)(ELET6) paga R$ 2,2 bilhões em dividendos nesta segunda-feira (13). Serão distribuídos R$ 1,82 por ação preferencial classe B (PNB)(ELET6), R$ 2,43 por ação preferencial classe A (PNA)(ELET5) e R$ 0,86 por ação ordinária (ON)(ELET3).
Os acionistas que possuem direito aos proventos devem ter comprado ou mantido as ações da companhia até o dia 27 de dezembro de 2024.
A empresa informou ainda que iniciou estudo de metodologia de alocação e estrutura de capital em que um dos objetivos seria avaliar o pagamento de proventos intercalares trimestrais.
No terceiro trimestre de 2024, a Eletrobras (ELET3) registrou um lucro líquido de R$ 7,195 bilhões – um impressionante crescimento de 387,30% em relação ao mesmo período de um ano antes.
O lucro ajustado também surpreendeu e atingiu R$ 7,56 bilhões, muito acima dos R$ 1 bilhão registrados um ano antes.
O EBITDA (sigla em inglês lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 11,96 bilhões no trimestre, um crescimento expressivo de 164% em comparação ao ano anterior, mais que o dobro da projeção de R$ 5,4 bilhões feita pelos analistas.
Já o EBITDA regulatório ajustado também avançou, a R$ 6,770 bilhões, uma alta de 8,70% em relação ao mesmo período de 2023.
Além disso, a receita operacional líquida da companhia atingiu R$ 11,04 bilhões no trimestre, um aumento de 25,8% na comparação anual.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela relação dívida líquida ajustada/EBITDA ajustado, ficou em 1,70x em setembro de 2024 – uma queda de 15,30 p.p. em relação ao mesmo período de 2023.