Uma briga durante a noite de sábado (27), deixou quatro pessoas feridas, incluindo um policial militar. O confronto generalizado foi movido por militantes políticos, na Praça Central de Cordislândia.
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Segundo informações, uma carreata de 300 pessoas a favor de Marlene Fubá passava pela praça quando houve uma discussão com representantes de outro candidato, o atual prefeito Odair.
Logo depois, a Polícia Militar chegou no confronto e fez o uso de balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Mesmo assim, alguns militantes entraram em confronto com os militares.
Duas pessoas foram presas por causa dessa violência. Os suspeitos foram liberados após assinarem o Termo de Compromisso Circunstanciado. O Boletim de Ocorrência registrado pela Polícia Militar, narra como os fatos se desenrolaram. Consta que em meio a essa grande concentração de pessoas, muitas estavam consumindo bebidas alcoólicas e inclusive quebrando garrafas de vidro pelo chão.
Com a chegada da PM, parte do público passou a hostilizar os policiais, atirando garrafas contra a equipe. Diante da situação, um policial efetuou disparos de bala de borracha para dispersar a multidão. Durante a ação, também foi feito o uso de gás lacrimogêneo.
No B.O. também consta a versão de um dos detidos na confusão. Ele disse que durante a confusão, a esposa dele caiu no chão devido ao gás lacrimogêneo e que, por isso, ele e seu filho investiram contra a equipe policial. No b.o. consta que ele reconheceu que desferiu um soco no policial.
O b.o. também relata que o homem que foi detido resistiu contra a prisão e precisou ser imobilizado. Os dois, pai e filho detidos, e o policial, foram conduzidos ao pronto-atendimento em São Gonçalo do Sapucaí. Os dois suspeitos assinaram o Termo Circunstanciado de Ocorrência e foram liberados.
Vejas notas enviadas à imprensa:
- Marlene Fubá (Avante)
No dia 28 de Setembro de 2024, às 18h00 a Coligação “UNIDOS POR CORDISLÂNDIA” CNPJ: 56.406.383/0001-57, na pessoa da Candidata à Prefeita de Cordislândia Marlene e seus correligionários promoveram uma carreata e passeata, que foi previamente oficiada e autorizada pela Polícia Militar.
A carreata teve seu percurso informado, sendo que um deles era a Praça Antônio Penha, local da área central do município onde o comitê do atual prefeito está instalado, que em tese estaria fechado, pois no mesmo dia e horário fomos informados de que eles estariam em outra parte da cidade.
Como eles permaneceram na Praça Antônio Penha, a carreata teve seu percurso desviado, para que não passássemos defronte o comitê deles, demonstrando respeito e cordialidade e principalmente, colaborando com o serviço da Polícia Militar, pois se o percurso fosse mantido, certamente iria ser entendido como provocação e desrespeito, podendo causar animo exaltado entre os participantes do movimento político.
Fato é que a carreata da Coligação “UNIDOS POR CORDISLÂNDIA” foi finalizada no seu comitê, sem nenhuma ocorrência, não havendo brigas, acidentes, discussão ou qualquer outro tipo de coisa que fuja da normalidade.
A ocorrência que foi registrada pela Polícia Militar não tem relação com a carreata promovida pela candidata à Prefeita Marlene e nem com seus participantes, pois a carreata foi finalizada conforme o previsto às 22h00 no seu comitê. A Ocorrência foi registrada às 23h40, na Praça Antônio Penha, local de concentração do atual Prefeito Odair.
A candidata repudia qualquer forma de violência, reafirma o seu compromisso com a verdade e presta solidariedade às pessoas que foram feridas, bem como ao Policial Militar que sofreu agressões”.
- Odair
No dia 28 de setembro de 2024, durante a passeata autorizada a candidata Marlene, que incluiu a passagem pela praça Antônio Penha, fomos informados pelos policiais militares que deveríamos recuar temporariamente para evitar confusão. Atendemos prontamente e aguardamos de forma pacífica no ponto de concentração, como orientado. Após um tempo, os mesmos policiais nos autorizaram a retornar ao local.
Ao chegarmos, fomos surpreendidos por membros da oposição que se dirigiram ao ponto onde estávamos, muitos deles alheios ao propósito pacífico da manifestação. Todos têm o direito de ir e vir, mas o bom senso, infelizmente, não prevaleceu naquele momento. As provocações resultaram em brigas que, até então, não faziam parte do ambiente tranquilo que buscávamos preservar. Vale ressaltar que havia muitas famílias e crianças presentes.
A polícia militar só chegou após as brigas terminarem e com o uso exacerbado da força no qual foi totalmente desnecessário e inapropriado para a situação, tendo em vista o perfil familiar do evento. Infelizmente, estão tentando distorcer os fatos e criar uma narrativa que não condiz com o ocorrido. A nossa passeata foi pacífica desde o início, e a confusão que aconteceu foi fruto de provocações externas, que lamentavelmente foram manipuladas para servir a interesses políticos.Reafirmamos nosso compromisso com a paz e o respeito, e repudiamos qualquer tentativa de manipulação dos fatos para prejudicar nossa causa. Não nos deixaremos abalar por essas manobras, pois seguimos acreditando que a verdade prevalecerá”.
- Polícia Militar
“Nesse sábado (28), por volta das 23:40 horas, a Polícia Militar, por meio de guarnição da 113ª Cia PM/20º BPM, realizava policiamento em um evento político na praça central do Município de Cordislândia-MG, quando os militares foram acionados para intervirem em uma briga generalizada entre candidatos e eleitores.
Os militares tentaram persuadir os perpetradores a cessarem as agressões mútuas no local, contudo, algumas pessoas iniciaram atos hostis, vindo a arremessarem objetos contra os militares, inclusive garrafas de vidro e dois indivíduos ainda agrediram os militares com socos e chutes.
Diante da injusta e atual agressão, os militares utilizaram de força legal e proporcional, repelindo as agressões com instrumentos de menor potencial ofensivo, sendo ainda necessário disparo de arma de fogo em defesa de suas vidas.
Durante a intervenção os militares solicitaram apoio pela rede rádio, tendo comparecido ao local viaturas que deslocaram de São Gonçalo do Sapucaí e Pouso Alegre.
Os dois autores (26 e 54 anos) que agrediram os militares com socos e chutes foram presos em flagrante delito por lesão corporal e resistência.
Devido as agressões sofridas, um dos militares sofreu um ferimento no rosto e foi encaminhado para atendimento médico”.