O período de seca continua castigando a cidade de Passos. O nível do Ribeirão Bocaina continua caindo, desde maio até setembro já foram 30% do seu volume. Por causa dessa subtração, a vazão do manancial está 50% abaixo do normal.
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O Ribeirão Bocaina é o principal manancial da cidade e abastece grande parte da população. Passos estava há meses sem chuva, uma rápida precipitação caiu durante o último final de semana, mas não foi o suficiente para reverter essa situação. Está cada vez mais difícil manter a captação da água, por causa dessa caída nas nascentes.
“Quase 80 mil pessoas atendidas por esse sistema é o que vai acontecer, nós temos ali três bombas e acaba que a gente vai mudando a forma de captação. Nós fazemos um sistema de dragagem ali dentro, a gente vai tirando os sedimentos, aquela areia que vai acumulando na barragem ali e quando precisa, desliga uma bomba e faz o rodízio das bombas. A gente vai fazendo rodízio em vez de ligar três bombas, a gente liga duas, em menores consumos, uma bomba para continuar atendendo a população sem a população sentir o impacto”, explicou o diretor geral do SAAE, de Passos, Esmeraldo Pereira Santos.
Para evitar uma seca extrema nas nascentes, o engenheiro reforça que a conservação do meio ambiente é um assunto urgente.
“Mantendo áreas permeável nas áreas verdes, calçadas e canteiros, e posterior também manter as áreas permeáveis dentro dos lotes e na área rural a gente tentar preservar essas faixas de proteção e também não compactar tanto o solo próximo a essas nascentes nessas áreas de recarga com atividades, um pastoreio intensivo como alguns tipos de cultura. A gente tentar manter essas áreas do entorno propensas com uma maior infiltração de água do solo”, explicou o consultor.
Ainda segundo o diretor do SAAE, Esmeraldo Pereira Santos, mesmo com o cenário atual de estiagem, por enquanto não há previsão do município adotar o esquema de racionamento de água. Mas ele reforça a importância dos moradores fazerem um uso consciente.