A Polícia Federal (PF) desativou uma fábrica clandestina de cigarros em São Sebastião do Paraíso, com capacidade para produzir 250 mil maços diários. A fábrica empregava trabalhadores em condições degradantes, similares à escravidão, com muitos sendo trazidos do Paraguai.
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Uma força-tarefa de 50 agentes da PF e funcionários da Receita Federal lançou a Operação Uncover, resultando na apreensão de equipamentos, 50 toneladas de tabaco, caminhões para transporte, insumos e aproximadamente 1,5 milhão de maços de cigarros. As ações ocorreram simultaneamente em Minas Gerais e Paraná, visando coibir crimes de trabalho escravo, contrabando e infrações contra o consumidor.
Os agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva, além de sequestrar bens no valor de R$ 68 milhões. A fábrica não apenas produzia cigarros como também embalagens falsificadas, com logotipos de marcas proibidas no Brasil como “Eight”, “Palermo”, “R7” e “San Marino”.
Investigações indicam que o grupo recrutava paraguaios que entravam no Brasil por terra, levados diretamente para a fábrica onde eram confinados, vivendo em alojamentos insalubres e isolados do mundo exterior.
Além da apreensão de equipamentos e produtos na fábrica, veículos e dinheiro em espécie foram encontrados na residência do principal suspeito. A venda desses cigarros não só representa um prejuízo fiscal significativo, como também oferece riscos à saúde pública, já que são produzidos sem nenhum controle ou fiscalização de qualidade.