Em meio a uma crise operacional, a Viação Gardenia confirmou a demissão de sessenta funcionários nas cidades de Pouso Alegre, Poços de Caldas e Itajubá, no Sul de Minas Gerais. As demissões ocorrem em um contexto de retirada temporária de suas linhas intermunicipais, conforme anunciado durante uma reunião com os trabalhadores.
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A decisão faz parte de um processo de reestruturação da empresa, precipitado pela necessidade de ajustes na operação e manutenção de sua frota de ônibus. A Gardenia, que viu sua receita despencar com a suspensão de quase todas as suas linhas, afirma que a falta de capital torna insustentável a manutenção do quadro completo de funcionários.
Os desligamentos devem ser formalizados até o final desta semana, com a empresa garantindo que o processo ocorre sob a supervisão do sindicato da categoria e da Justiça do Trabalho. Leonardo Silva, advogado representante da Gardenia, ressalta a dificuldade da empresa em equilibrar a restauração da frota e o atendimento às exigências do poder concedente das linhas com a folha de pagamento.
Desde abril, após a implementação da “Operação Ponto Final” pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) e pela Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), a Gardenia perdeu o direito de operar várias de suas linhas, transferidas temporariamente para outras empresas por um período de 180 dias.
Neste intervalo, a Gardenia está desafiada a apresentar soluções viáveis ao governo estadual para recuperar suas operações. Caso contrário, enfrentará o risco de perder definitivamente suas concessões.