Deve ocorrer nesta sexta-feira, 19, reunião entre representantes do Governo Federal, professores e servidores de institutos e universidades federais para tratar das demandas da categoria, que está em greve desde o início de abril. Em Passos, o IF Sul de Minas aderiu ao movimento na última segunda-feira, 15.
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Na terça-feira, 16, o secretário-executivo-adjunto do Ministério da Educação (MEC), Gregório Durlo Grisa, garantiu que a carreira dos cargos técnico-administrativos em educação será reestruturada neste governo, em audiência da Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. Essa é uma das pautas da greve.
“De preferência neste ano, de preferência com acordo assinado o quanto antes, para que o Parlamento receba o projeto e consiga, na agilidade que for possível, encaminhar alteração da lei das carreiras técnico-administrativas”, afirmou o secretário.
O secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, José Celso Cardoso Jr., acredita que a proposta a ser apresentada pelo governo poderá colocar fim à greve que atinge mais de 50 universidades e quase 80 institutos federais.
Ele notou, entretanto, que o tema é intrincado e não será resolvido a curto prazo, especialmente porque a coalizão governista no Congresso enfrenta obstáculos para implementar mudanças significativas.
Demandas
O IF Sul de Minas aderiu a greve das instituições federais de ensino na segunda-feira, 15, e, em entrevista à Folha, na semana passada, a professora Mariana Teixeira relatou que as pautas da paralisação são: a reposição das perdas salariais ocorridas no período entre 2017 e 2022; reestruturação das carreiras de técnicos administrativos e professores; revogação das medidas que atentam contra o serviço público; revogação do novo ensino médio; e recomposição orçamentária das instituições federais de ensino (IFs).
“É importante ter clareza de que a greve deflagrada em assembleia pelo IF Sul de Minas, campus Passos, faz parte de um movimento maior, que passa por várias instituições federais de educação no país. Ao contrário do que muitos imaginam, não se trata de uma greve por aumento de salário. A pauta é longa e tem especificidades tanto para a carreira docente, quanto para a carreira dos Técnicos Administrativos em Educação (TAEs)”, disse a professora.