Os doze criminosos considerados mais perigosos de Minas Gerais atualmente foram apresentados nesta quarta-feira (23 de agosto) pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado (Sejusp). Os bandidos, que têm condenações por diferentes crimes e penas que podem chegar, juntas, a 400 anos de reclusão, estão foragidos da justiça.
Estamos na sexta edição do programa Procura-se, coordenado pela Sejusp, com apoio das forças de segurança do Estado (Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Penal, Sistema Socioeducativo e Corpo de Bombeiros), além do Ministério Público de Minas Gerais, que tem como objetivos a prisão desses indivíduos, a redução dos espaços de circulação deles, estimular os canais de denúncia e reduzir os índices de crimes violentos”, detalhou o diretor-geral da Agência Central de inteligência da Sejusp, Murilo Ribeiro.
Desde o começo do programa, em 2011, a justiça conseguiu efetivar 83% das prisões das pessoas que integraram a lista. “São diversas ações de inteligência, com apoio de órgãos de outros estados, além da participação da sociedade, que garante a efetividade do programa”, completou.
Ainda segundo o diretor-geral, a lista é feita a partir de critérios estabelecidos pela justiça. “Todos eles têm algum envolvimento com gangues ou facções criminosas, geralmente chefes dessas organizações criminosas, crimes violentos e práticas reincidentes. Para se ter uma ideia, sete desses 12 são acusados de homicídio de polícias”, explicou.
O criminoso com a maior pena, de 71 anos de reclusão, por exemplo, tem condenação por homicídio qualificado, roubo majorado, furto qualificado, uso de documentos falsos e porte ilegal de armas, além de duas tentativas de homicídio contra policiais.
Ações coordenadas entre as forças de segurança e a população
O chefe da Sejusp, Rogério Grecco, disse que as ações coordenadas garantem a efetividade das prisões. “Para se ter uma ideia, hoje , no Rio de Janeiro, tem 60 mil traficantes, e alguns deles se espalharam por Minas Gerais, inclusive, desses 12 procurados, alguns são do Comando Vermelho (uma das maiores facções criminosas do país, com origem na capital fluminense), então, precisamos dessa ação coordenada de inteligência com outros estados para efetuar as prisões”, disse.
Ainda segundo o secretário, além do Comando Vermelho, na lista há membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) e até do Novo Cangaço – prática de roubos a banco. “Em 2015, o Novo Cangaço fez 250 ações em Minas . No ano passado, foram cinco, e este ano, ainda nenhuma”, afirmou.
Já a major da Polícia Militar, Laila Brunella, destacou a importância da sociedade para a captura dessas pessoas.
“Atuação da PM é muito direta, desde a abordagem até a prisão dessas pessoas, além disso, temos um trabalho dentro dos aglomerados, onde índices de homicídio são maiores, com atuação do Grupo Especializado no Patrulhamento de Áreas de Risco (Gepar), onde os policiais estão presentes 24 horas por dia, todos os dias da semana, se fazendo presente, fazendo a quebra do medo e restabelecendo a confiança das pessoas em fazer suas denúncias, passar informações e ajudar na segurança do Estado”, disse.
Fonte: O Tempo
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