O Ministério da Saúde confirmou, na noite dessa quinta-feira (17/09), a detecção da variante EG.5 do coronavírus em São Paulo. É a primeira vez que a variante, que causa preocupação na comunidade científica mundial, é encontrada no Brasil. A paciente infectada é uma mulher de 71 anos que está com o esquema vacinal completo e já se curou. Seus sintomas foram leves, de acordo com a pasta: febre, tosse, fadiga e dor de cabeça.
Popularmente conhecida como Éris, a nova variante preocupa devido ao alto número de mutações na proteína Spike do vírus — esse “pedaço” é o que penetra as células do corpo para infectá-las e é sobre ele que as atuais vacinas agem. A preocupação é que ela continue sofrendo mutações a ponto de escapar da proteção conferida pelos imunizantes atuais, o que ainda não parece ser o caso.
As mutações do vírus são aleatórias e podem ocorrer a cada vez que ele se multiplica. Por isso, quanto mais pessoas são infectadas, maior é o risco de uma mutação eventualmente perigosa surgir. Assim, alguns cientistas têm recomendado que a população volte a utilizar máscara em ambientes fechados, onde o vírus tende a se espalhar com mais facilidade. Por enquanto, essa não é a recomendação oficial do Ministério da Saúde.
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) recomenda que a população fique atenta para acompanhar o eventual aumento de casos de síndrome gripal e da circulação da nova variante EG.5 do coronavírus. Nesse caso, ela recomenda que a população mais vulnerável aos efeitos da Covid-19 (pessoas com 60 anos ou mais, imunossuprimidos, gestantes, população indígena e profissionais de saúde) utilizem máscara em locais fechados, com baixa ventilação e aglomeração.
Fonte: O Tempo
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