Nesta sexta-feira (31), o Ministério Público deflagrou uma operação contra uma organização criminosa especializada em furtos e clonagem de caminhonetes e veículos de luxo. A operação, chamada “Vicário”, está sendo executada em seis estados brasileiros: Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Maranhão.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de Passos (MG) lidera a operação, que conta com a emissão de 10 mandados de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão em 16 municípios do país. As investigações continuam, e até o momento, foram identificados pelo menos oito veículos subtraídos, avaliados em R$ 2,3 milhões.
A quadrilha é investigada por crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. A operação Vicário tem apoio das Polícias Militar e Civil de Minas Gerais, além dos GAECOs dos outros municípios envolvidos. Participaram das diligências 11 promotores de justiça, nove servidores do Ministério Público, 114 policiais militares e 26 policiais civis.
A organização criminosa tinha atuação interestadual e era especializada em subtrair veículos de luxo usando equipamentos eletrônicos para codificação de chaves e partida dos motores. Após o furto, a quadrilha clonava os veículos, adulterando a numeração do chassi e outros sinais identificadores, replicando placas e transplantando documentos de registro. Os criminosos utilizavam táticas para dificultar o rastreio documental, despistar o rastreio físico do veículo e conferir aparência lícita nas transações comerciais simuladas.
Uma característica peculiar da atuação deste grupo foi o superdimensionamento de seus ganhos, evoluindo do modus operandi padrão para uma modalidade criminosa mais lucrativa. Eles vendiam parte dos veículos clonados por preço de mercado, enganando compradores que acreditavam estar adquirindo veículos originais.
O Ministério Público informou que foram identificados diversos crimes, incluindo roubo, furto, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, lavagem de dinheiro, receptação qualificada, uso de documento público falsificado, falsidade ideológica, falsificação de documento público, estelionato e organização criminosa.
Fonte: PCMG