A atual ministra dos esportes, Ana Moser, voltou a causar polêmica no mundo dos esportes eletrônicos afirmando que esports não são esportes tradicionais. Mesmo com cenário consolidado em competições que movimentam quantias milionárias, desde que assumiu o cargo como ministra dos esportes, a ex-jogadora de vôlei continua afirmando que os esports não tem características que o tornam um esporte. Entenda melhor a situação.
Ministra considera esports um “fenômeno biopsicossocial”
Os esports são uma realidade que veio para ficar, tanto que países como França por exemplo, querem até colocá-lo como uma das modalidades de esportes olímpicos, contudo, o mesmo não é pensado dentro dos ministérios do esportes, que já botou isso em pauta a 8 anos e não reconheceu a modalidade como esporte. De acordo com o comentário da própria Ministra, este reconhecimento independe dela e de que discussão sobre este tema deve ser feita.
Contudo, por enquanto, em entrevista dada na TV, ela afirmou que os esports são um “fenômeno biopsicossocial”, diferente dos esportes que são movimento, por mais que ambos sejam uma competição, leia o relato final sobre o tema:
“Como fenômeno social, a competição ela pode, num primeiro momento, achar que ela se caracteriza como esporte, mas a competição por si só não denota movimento em esports. É uma discussão que envolve muita coisa. Ela tem de ser feita. Politicamente, você pode tomar qualquer decisão.”
Esports são realidade em países de 1º mundo
Esta conversa é bem ampla e divide opiniões, já que o próprio COI (Comitê Olímpico Internacional) está organizando mais uma edição do Olympic eSports Series 2023, evento que reúne vários jogadores em disputas de várias modalidades de esportes simuladas. Entre elas existem categorias de automobilismo, ciclismo, dança, taekwondo entre outras. Algumas destas categorias acontecem através de jogos famosos como Gran Turismo e Just Dance.
Porém, o padrão de jogos competitivos das olimpíadas destoam dos jogos mais famosos da atualidade no setor competitivo que tem toda uma indústria organizada em torno deles, existem até sites especializados em apostas de League of Legends, Counter Strike, Valorant, mostrando o quanto este mercado é grande. A França é um país que já vê grande futuro nos esports, o país europeu tem liberado recentemente vistos para atletas de esports, já pensando na competição de CS: GO que acontece este ano.
Fora isso, o presidente a França, Emmanuel Macron, se mobiliza para criar uma forma de integrar os jogos olímpicos de 2024, que também acontecem em solo francês com o mundo dos esports. Conforme dito à imprensa no ano passado, ele pretende juntar grandes eventos de no mesmo ano como o The International de DOTA 2, a Worlds de League of Legends e também a Major PGL de CS: GO, maiores competições de esports da atualidade.
Grandes influenciadores brasileiros discordam da opinião de Ana Moser
Em contrapartida, o streamer Gaulês, conhecido ex-atleta profissional com milhões de seguidores no Twitch e Youtube, já tomou uma postura muito diferente. Atualmente, Gaulês que cobre as transmissões brasileiras das competições de CS: GO, afirmou que na realidade os esports não dependem deste reconhecimento:
“A parte boa nisso é que nunca precisamos e nem vamos precisar dessa galera para ficar dizendo se é esporte ou não é, sabe? Nunca precisamos desse pessoal e nunca vamos precisar.”
Fora a opinião de Gaulês, outros influenciadores ligados ao mundo dos esports também endossaram um discurso parecido. Nobru, que é campeão mundial jogando Free Fire, salientou o quanto um jogador precisa de estrutura e treinamento para se formar um atleta de esports. Por último, outra personalidade de renome do mundo dos esports, Gabriel Fallen, acha que uma regulamentação traria um melhor cenário para os atletas, até aumentando o investimento nos esports através do patrocínio de grandes empresas.