Episódios recentes de reações graves a pomadas modeladoras para trançar cabelos levaram a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a determinar o recolhimento de marcas e proibir, temporariamente, a comercialização desses produtos. Efeitos como perda temporária da visão, forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão, inchaço ocular e dor de cabeça foram relatados por usuários.
De acordo com a agência, produtos adquiridos anteriormente e existentes nas residências ou em salões de beleza não devem ser utilizados neste momento. As causas das reações relatadas ainda estão sendo investigadas.
Diante do caso, o Ministério da Saúde reforçou que consumidores fiquem atentos às recomendações de uso nos rótulos das pomadas e que verifiquem se o produto tem o aval da Anvisa para ser comercializado. Saiba como consultar um produto de higiene pessoal, perfume ou cosmético abaixo.
A consulta sobre a regularização de produtos de higiene pessoal, perfumes ou cosméticos pode ser realizada de várias formas. A forma mais simples e rápida é a consulta direta aos links do portal da Anvisa, conforme procedimento abaixo.
A consulta vai depender do tipo de regularização: produtos registrados ou produtos isentos de registro.
Para produtos registrados, a consulta pode ser feita aqui. A consulta pode ser feita utilizando-se dados que são obrigatórios na rotulagem do produto, como: nome do produto, número do processo de regularização do produto ou número do CNPJ da empresa titular do produto. Os dados sobre o número do registro e o período de vencimento do registro também podem ser utilizados na consulta.
A consulta pode ser realizada para bronzeadores, protetores solares, repelentes de inseto, alisantes capilares, onduladores capilares e géis antissépticos para as mãos que são de registro obrigatório.
Já para produtos isentos de registro, a consulta pode ser feita neste link.
Riscos do formol
Além das pomadas, o ministério destaca a importância do cuidado com o uso de outros produtos químicos. No Brasil, o uso do formol, por exemplo, não é permitido como alisante capilar. O produto pode causar danos à córnea, queimaduras graves no couro cabeludo, quebra dos fios e queda dos cabelos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o formol é considerado uma substância cancerígena para humanos. Comerciantes ou barbeiros e cabeleireiros que adicionarem formol a produtos de alisamento capilar cometem infração sanitária, além de se tratar de um crime hediondo.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), quanto maior a concentração e a frequência da aplicação indevida do formol, maior o risco, tanto para os profissionais que aplicam o produto, como para os usuários.
Os principais efeitos à saúde envolvem irritação nos olhos, no sistema gastrointestinal ou nas vias respiratórias. O Inca também alerta para efeitos crônicos como asma, espasmos, tosse, chiado e edema pulmonar.