Uma nuvem cinza pairou na Câmara Municipal nesta semana. Durante a reunião de segunda-feira, 29, os vereadores debateram e votaram projetos, entre eles, alguns de autoria do Executivo. Todos foram amplamente discutidos e nitidamente gerou algumas dúvidas entre os vereadores.
Entre esses projetos, havia um solicitando o parcelamento de uma dívida antiga, de gestões passadas referente ao ano de 2014/15. De acordo com a prefeitura de Carmo do Rio Claro, a administração teve acesso a essa dívida recentemente e, para não prejudicar o orçamento atual do Executivo neste momento, o melhor seria o parcelamento dessa dívida.
Em contrapartida, o vereador Antônio Marcos Esteves afirmou que há R$ 40 milhões em conta que podem ser usados para quitar essa dívida de mais de R$ 600 mil, sendo assim, o pedido da prefeitura é inviável. O prefeito Filipe Carielo, por sua vez, disse que a maior parte do dinheiro disponível já é destinado para fins próprios, como o FUNDEB.
Além disso, o dinheiro para uso da prefeitura, em torno de R$ 7 milhões, já possuem destinação para futuros projetos e seriam aplicados em Carmo do Rio Claro. Agora, por causa da negativa da Câmara Municipal, o Executivo precisará de uma manobra de emergência para quitar a dívida, para isso alguns outros projetos deverão ficar estagnados, o que de acordo com Filipe Carielo, irá prejudicar os carmelitanos.
Nota da Câmara
Conforme observou o vereador Antônio Marcos Esteves, o Marcos do Joaquim Batista, durante a Audiência Pública de prestação de contas quadrimestrais, juntando o dinheiro vinculado e não vinculado, soma-se quase R$40 milhões nos cofres públicos. Só os juros da aplicação desse dinheiro, em quatro meses, rendeu perto de R$1 milhão e meio.
De acordo com os dados da prestação de contas e o documento entregue aos vereadores no dia da audiência pública, só de juros, até do dia 30 de abril, a prefeitura acumulou o valor de R$1.518.723,61. Em recursos vinculados, o valor até a mesma data é de R$31.415.930,43. E, aplicado em bancos, o município possui R$7.605.701,81. A soma dos valores é de R$40.540.355,85.
Diante do exposto, o vereador Marcos do Joaquim Batista esclarece: “Se houve mentira é por parte da prefeitura. Eles é que estão divulgando valores errados. Nós estamos repassando ao povo o que nos foi informado. É o que está na prestação de contas que foi apresentada pra gente pela prefeitura”.