A Santa Casa de São Sebastião do Paraíso inaugurou, nesta segunda-feira, o Centro de Tratamento de Queimados, também chamado de Hospital de Queimados. A unidade, que já está em funcionamento desde o início deste mês, tem capacidade para 24 pacientes e deve atender as microrregiões de Paraíso, Passos, Piumhi e Cássia, mas também poderá prestar atendimento a pessoas de outras regiões. O hospital já atendeu sete pacientes.
A inauguração contou com a presença do secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, do provedor da Santa Casa, Fernando Montans Alvarenga, do prefeito de Paraíso, Marcelo Morais, da superintendente regional de Saúde, Kátia Gonçalves, e outras autoridades.
Inicialmente, o Hospital de Queimados terá dois leitos de isolamento e está credenciado para atendimento a queimaduras de baixa a moderada complexidade, com pacientes que tiveram até 30% do corpo atingido (tipo 2), mas a previsão é chegar um nível mais alto e atender pessoas que teriam que ser levadas para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, referência no estado para este tipo de tratamento.
Em entrevista a um canal de webtv, o superintendente da Santa Casa, Jean Marco do Patrocínio, afirma que os pacientes devem ficar, em média, de dez a 20 dias em tratamento no hospital.
Segundo ele, o funcionamento do Hospital de Queimados em Paraíso vai demandar treinamento de unidades da rede de saúde nos municípios para acompanhamento depois que os pacientes tiveram alta.
“É importante ressaltar que os outros equipamentos também terão que estar funcionando bem. Os ambulatórios, as USF (Unidade de Saúde da Família) que vão receber esses pacientes após o tratamento também serão treinadas e também terão que estar prontas para receber no pós alta hospitalar. O tratamento de queimados não vai terminar aqui no hospital, ele vai terminar depois, lá no ambulatório, fazendo o acompanhamento final”, disse.
O superintendente afirma que a equipe de Paraíso passa por treinamento no Hospital João 23. Segundo ele, os maiores desafios no início do funcionamento são o recebimento dos pacientes referenciados para atendimento e a organização da rede para garantir o tratamento integral. “Não depende só da gente, são muitos municípios envolvidos e que todos eles terão que ser treinados dentro do mesmo protocolo que a gente para dar continuidade ao tratamento”. Ele também aponta que o custo de manutenção do atendimento também é um desafio.
Segundo ele, o hospital deve atender pacientes das microrregiões de Saúde de Cássia, Piumhi, Paraíso e Passos. “Isso não impede, obviamente, a gente receber pacientes de outras regiões”, disse.
De acordo com informações divulgadas ontem pela Santa Casa de Paraíso, o provedor do hospital, Fernado Alvarenga, destacou que a implementação do Hospital de Queimados foi possível graças a um esforço em conjunto.
Para o prefeito de Paraíso, Marcelo Morais, o hospital vai atender demanda da região. “Vamos conseguir atender, diante de todas as dificuldades que os municípios sofrem para encaminhar pacientes, principalmente para a referência, que é o João XXIII e que atende a praticamente todos os Hospitais de Minas Gerais. Então, diante da soma de esforços, na qual a gente agradece o secretário de saúde e a superintendência regional de saúde, que contribuíram para que chegássemos a esse momento”, disse.
Fonte: Clic Folha